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quinta-feira, 7 de junho de 2007

EVITANDO A DEPENDÊNCIA EMOCIONAL

Existem inúmeras maneiras de evitar a armadilha de cair em uma relação de dependência. Seja através de psicoterapia, análise ou meditação, enfim, seja qual for o caminho escolhido, todos buscam o auto-conhecimento, que estimula a consciência, a auto-responsabilidade pela satisfação de suas fomes e a autenticidade das emoções. Cada pessoa tem apetites diferentes em relação a cada uma das fomes básicas que detalharemos a seguir. É de suma importância reconhecê-las e principalmente saber cuidar delas, saciando-as na medida certa.
Assim sendo, proponho um mergulho no universo das fomes do ser humano, que como vimos, podem uma vez não identificadas e saciadas, criar relações de dependência fadadas ao insucesso. E já que estamos neste mundo para ser feliz e fazer o outro feliz... mãos à obra!

O ser humano precisa constantemente estimular seus sentidos (olfato, visão, paladar, tato e audição) através de sensações físicas.Temos fome de cheiros, os mais distintos possíveis, cheiro de terra molhada, de perfume de flor, do ser amado, de pão quentinho saindo do forno, enfim, são infinitos os odores que podemos sentir. Temos fome de cores e formas, lugares diferentes, gente bonita, gente que canta e encanta, luzes e cores, muitas cores. Nossa fome de sabores pode ser saciada das mais variadas formas. Comida diferente, comida esquisita, gosto amargo, azedo, doce, muito doce. E quanto aos sons então, nem se fala. A imensa variedade de estímulos que podemos captar se estivermos abertos e dispostos ao novo: Sons da natureza, do vento, do mar, de música boa, voz gostosa, risos, muitos risos. E se pensarmos no toque, quanta coisa nova podemos experimentar. Quanta sensação boa! O toque do sol sobre a pele, da água quente do mar, das mãos do ser amado...Quanta coisa nova para os nossos sentidos que certamente agradecem. Quantas formas de se sentir livre, independente e acima de tudo vivo e feliz! O que você tem feito para acariciar os seus cinco sentidos?


Como já foi dito anteriormente, o ser humano tem necessidade absoluta de se sentir reconhecido. É a forma de nos sentirmos importantes, vivos e aceitos. Uns necessitam mais de reconhecimento do que outros. Por exemplo, para um escritor é necessário saber que um grande número de leitores acompanha seu trabalho, enquanto para um cientista já é espetacular que algumas poucas pessoas da comunidade científica conheçam seu trabalho. Que tamanho tem a sua fome de reconhecimento?

O desejo sexual também é uma fome natural como as demais. É natural sentir vontade de satisfazer este desejo. Saciar a fome sexual num encontro amoroso, livre de conflitos, na mais absoluta entrega é muito mais que uma mera satisfação física. É alimento para o corpo e também para a alma. Você tem sido autêntico e verdadeiro em relação à sua fome sexual ou a tem disfarçado com encontros sem entrega, sem cumplicidade, enganando-se e o que pior, contentando-se apenas com o prazer efêmero que tão logo satisfeito, é esquecido?

Os seres humanos necessitam de referências. Precisamos de estrutura como casa, trabalho, o que vai se fazer com o tempo, com a própria vida, enfim, temos a mais absoluta necessidade de parâmetros e referências reais e concretos para podermos nos sentir existindo no mundo. Pare e pense na multiplicidade de estruturas e papéis que você possui e desempenha. Torne-se consciente do quanto você é capaz de se situar pelas suas próprias atividades e de uma vez por todas, aprenda a saboreá-las e se servir delas para se sentir inteiro.

Precisamos sempre de novidades para sentir que estamos vivos. Necessitamos de novos acontecimentos para não sermos invadidos pelo tédio. Vale tudo, surpresa, excitação, quebra de rotina. Ansiamos pelo fascínio do inesperado. Uma situação mesmo quando prazerosa, se for repetitiva, transforma-se em rotina e acaba gerando falta de interesse. O novo, seja em nossas relações, seja no nosso trabalho, vem sempre acompanhado de motivação. Lembra de quando você ganhava um brinquedo novo? Quanta alegria, quanta excitação! Pois é, mesmo já adultos, a coisa continua funcionando mais ou menos do mesmo jeito. O problema é que quando não damos a devida importância para esta fome e portanto, não tratamos de saciá-la, podemos provocar situações um tanto quanto destrutivas: começar a usar drogas, buscar relacionamentos fora do casamento, se expor a situações de risco de toda ordem, enfim, qualquer coisa desde que me faça sentir vivo! É, carência de adrenalina faz a gente fazer muita besteira... E por falar nisso, que tal pular de pára-quedas? Andar de montanha russa, ir a um show de rock, ver o timão jogar? Quer mais adrenalina que isso? E o que é melhor, de maneira saudável e independente.

É importante ficar alerta para não cair na armadilha de disfarçar estas fomes que podem se manifestar em maior ou menor quantidade. Seja autêntico com os seus desejos, buscando satisfazê-los da maneira mais direta possível. E o mais importante, lembre-se que você tem todas as ferramentas para saciar suas fomes e assim não cair em relações de dependência que só trazem sofrimento e frustração. Use a sua imaginação para criar um ambiente rico em demonstração de afeto para com você e para com o outro.

Um comentário:

  1. Oi Dri,

    Adorei seu blog,parabéns pela iniciativa!Os temas abordados têm haver com a realidade e com o dia- a-dia das pessoas.Um sugestão:que +
    artigos fossem lançados com mais frequência(de 15,ou de cada mês)para que todos pudessem acessá-lo
    mais.
    Bjs

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