Total de visualizações de página

domingo, 27 de outubro de 2013

Você não é os seus sentimentos




Estou triste. Quem percebe isso? Estou com medo. Quem percebe isso? Você é a pessoa que percebe isso. Você não é os seus sentimentos.

No estado de calma e consciência, se você precisar da mente para um fim prático, ela estará presente. Na verdade a mente funciona muito bem quando a inteligência maior e real que é você se expressa através dela, como uma ferramenta.
 
Aprenda a sentir-se à vontade dentro do não-saber. A mente teme o não-saber, mas um conhecimento mais profundo que não é baseado em qualquer conceito vai emergir desse estado.
 
A mente está sempre querendo alimentar-se para continuar pensando. Ela procura alimento para sua própria identidade, para seu sentido de ser. É assim que o ego se cria e recria continuamente.
 
Você se dá conta de que esse ego é fugaz e passageiro? Quem percebe isso? É o Eu-Sou. Esse é o seu eu mais profundo, que não tem nada a ver com o passado e o futuro.
 
Quando você se dá conta de que existe uma voz na sua cabeça que pretende ser você e não para de falar, percebe que você vem se identificando com a corrente do pensamento. Quando percebe a existência dessa voz, você compreende que não é essa voz, mas a pessoa que a percebe. Ter liberdade é saber que você é a consciência por trás dessa voz.
 
Ao concentrar toda sua atenção ao momento presente, uma inteligência muito superior à inteligência da mente autocentrada entra no comando da sua vida. Sua ação presente se torna não só muito mais eficaz, como infinitamente mais satisfatória e gratificante.
 
Ao viver através do ego, você faz do momento presente apenas um meio para atingir um fim. Você vive em função do futuro, mas quando atingem seus objetivos eles não te satisfazem. Ou pelo menos não por muito tempo.
 
Quase todo ego tem o que podemos chamar de “identidade da vítima”. Muitas pessoas se veem de tal forma como vítimas, que essa imagem se torna o ponto central de seu ego. Mesmo que as mágoas sejam muito “justas”, ao assumir a identidade de vítima, você cria uma prisão cujas grades são feitas de formas obsessivas de pensar. Veja o que você está fazendo com você mesmo, ou melhor: Veja o que sua mente está fazendo com você. Sinta a ligação emocional que você tem com sua história de vítima e perceba sua compulsão de pensar e falar a respeito dela. Ao perceber isso, a transformação e a liberdade virão.
 
Reclamar e reagir são as formas preferidas da mente para fortalecer o ego. O eu autocentrado precisa do conflito para fortalecer sua identidade. Ao lutar contra algo ou alguém, ele demonstra pra si mesmo que “isto sou eu” e “aquilo não sou eu”. É comum que países procurem fortalecer sua sensação de identidade coletiva colocando-se em oposição aos seus inimigos.
 
A inveja é um subproduto do ego que se sente diminuído quando algo de bom acontece com outra pessoa, ou ela possui mais, sabe mais, ou tem mais poder do que ele. A identidade do ego depende da comparação. Ela se agarra a qualquer coisa buscando o “mais”, e quando nada disso funciona, a mente fortalece seu ego considerando-se “mais” injustamente tratada pela vida, “mais” doente ou “mais” infeliz do que os outros.
 
O ego precisa estar em conflito com alguém ou com alguma coisa. Isso explica por que, apesar de você querer paz, alegria e amor, não consegue suportá-los por muito tempo. Você diz que quer ser feliz, mas está viciado em ser infeliz. Essa infelicidade não vem dos fatos da sua vida, mas do condicionamento da sua mente.
 
A culpa é outra maneira que o ego tem para criar uma identidade, mesmo que essa identidade seja negativa. O que você fez ou deixou de fazer foi uma manifestação da sua inconsciência na época, o que é natural da condição humana. Mas o ego personifica a situação e diz “Eu fiz tal coisa”, e assim cria uma imagem de si mesmo como ruim, falho e insuficiente. As palavras de Cristo: “Perdoai-os, Senhor, pois eles não sabem o que fazem” podem ser usadas em relação a você.
 
Eckhart Tolle

Escolhas

 
 
Para iniciar bem a semana, segue um breve texto de autoria de Flávio Gikovate que nos convida a refletir sobre as nossas decisões.
 
Somos o resultado das escolhas que tomamos ao longo de nossas vidas. Quanto mais nos enxergarmos como pessoas merecedoras de amor, afeto, prazer e sucesso, melhores serão as nossas decisões.
 
Se nos enxergarmos como perdedores ou vítimas de pessoas e/ou situações, nossas escolhas estarão impregnadas de negatividade e nosso comportamento também será de mesma ordem.
 
Em contrapartida, se olharmos para nossa história de vida com positividade e gratidão, inclusive pelas dificuldades inerentes à vida de qualquer ser humano, estaremos adotando uma postura mental muito mais positiva e consequentemente, faremos escolhas mais econômicas do ponto de vista emocional. 
 
Ficar preso no passado e culpando ou responsabilizando pessoas pelo nosso sofrimento, é a pior escolha que um ser humano pode fazer! 
 
Ficar no presente, no aqui e no agora, cultivando a gratidão e o amor próprio com pequenos gestos diários de auto-cuidado, é sem dúvida alguma garantia de uma vida mais plena e feliz! 
 
Boa semana!

"Muitos são os que não tiveram uma infância legal: nem sempre foram bem recebidos por seus pais e muito menos preparados para a independência.

Muitos adultos se valem de sua história infantil triste para atribuir a si mesmos o direito a recompensas especiais: um tipo de indenização!

Não convém usar as mazelas da infância com o intuito de obter benefícios especiais na vida adulta: na prática, isso é chantagem sentimental....


O fato é que não há uma correlação direta entre o que se viveu na infância e o que se é como adulto: cada um reage de acordo com suas forças.

Aqueles que tiveram uma infância mais sofrida têm um desafio maior pela frente: não lastimar o passado, tentar superá-lo e seguir adiante.

Muitos são os casos em que as dificuldades vividas se transformaram em força pessoal e determinação: alguns se abatem e outros crescem muito".