Total de visualizações de página

terça-feira, 23 de julho de 2013

Desenvolvimento Emocional: Caminho para a Plenitude do Ser


"Se eu não sentisse, não sofreria". Esta é ainda uma crença muito comum para muitas pessoas. Acredita-se, erroneamente, que sentir é sinônimo de sofrer e consequentemente não sentir é uma maneira de evitar a infelicidade.

Cada vez mais, um maior numero de pessoas ao menor sinal de tristeza, corre para o consultório de um psiquiatra buscando uma receita de antidepressivo. Outros buscam no álcool, nas drogas, na comida, nas compras, no sexo, de maneira compulsiva e exagerada, o mesmo efeito: Evitar o sentir.
Ao entorpecermos a nossa capacidade de sentir, estaremos, ao contrário do que desejamos, aumentando o nosso sofrimento, pois se a boca não fala, o corpo, este sim, dará um jeito de falar! Optando pelo não sentir, inevitavelmente, a doença será o caminho para exteriorizar as emoções reprimidas. Portanto, a repressão dos sentimentos não diminui o sofrimento, pelo contrário, ela o aumenta.

Assim como o nosso corpo e a nossa mente necessitam de espaço para crescer e expandir, nossos sentimentos também necessitam de espaço para que possam amadurecer e principalmente para que tenhamos coragem de amar. Quando os sentimentos são tolhidos, o amor não pode crescer. Independente de religião ou filosofia, todos nós sabemos que o amor é a energia mais potente e curadora que existe! Mas como podemos amar se não nos permitimos sentir? O medo do sofrimento nos faz muitas vezes ficar em estado de isolamento. Evitamos o envolvimento pessoal temendo arriscar e nos decepcionar. 

Mas o que de fato nos impede de sentir? Quando crianças, vivenciamos situações de tristeza, medo, frustração e rejeição. O sofrimento e o despontamento são recorrentes e inevitáveis. Criamos assim, de maneira inconsciente, desde os primeiros anos de vida a falsa crença: "Se eu não sentir, não serei infeliz."

Em Psicologia fala-se muito da criança interior, ou seja, esta parte do nosso ser, da nossa psique que não evoluiu, não "cresceu" e permaneceu com a mesma capacidade que tínhamos de resolver nossos problemas e dificuldades quando éramos de fato crianças. Sempre recomendo aos meus pacientes para se sentarem no chão e olharem para cima para se lembrarem de quando eram de fato crianças, como tudo e todos eram muito maiores do que eles e principalmente, do quanto se sentiam impotentes e sem poder de decisão, pois uma criança decide muito pouco ou quase nada. Vale salientar que a nossa criança interna desconhece a existência do adulto que também somos. Por isso muitas vezes, mais do que imaginamos, desistimos de nossos desejos, sonhos e projetos, pois os olhamos de baixo para cima, ou seja com a nossa criança interior.

Quando assim o fazemos, é inevitável pensarmos: Não dou conta! Aliás, ouço muito esta frase em meu consultório! Não dou conta de arriscar mudar de emprego. Não dou conta de arriscar e me envolver neste relacionamento. Não dou conta de ser mãe e profissional. Não dou conta de correr atrás do meu sonho. Não dou conta...
Meus queridos, a nossa criança não dá conta mesmo mas o adulto que somos quando toma posse de sua maturidade e de todos os seus talentos e aprendizados acumulados ao longo da vida, este sim, dá conta e pode sim decidir o que de fato deseja fazer ou não fazer. É forte o suficiente, "grande" o suficiente para dizer: "ok, estou com medo mas sou capaz, dou conta deste medo e vou tentar, vou arriscar e ficar tranquilo que seja qual for o resultado, terá valido a oportunidade que me dei fazendo a minha parte para alcançar o meu objetivo.

Desejo que se arrisque e faça tudo o que estiver ao seu alcance para atingir todos os seus objetivos.








Nenhum comentário:

Postar um comentário